Ahiṃsā (“não ferir”), traduzido em geral como “não violência”, embora tenha um sentido mais fundamental. Para Patanjali, é umas das cinco observâncias morais (yamas) que compõe o “grande voto” (maha-vrata), devendo ser observadas em qualquer circunstâncias. Outras autoridades relacionam ahiṃsā entre os cinco controles (niyamas). Em geral, é definido como a prática de abster-se de ferir os outros de maneira mental, física ou verbal, em todos dos momentos. Mahatma Gandhi, ao defender ahiṃsā como prática moral e política viável, enunciou uma antiga tradição do Hinduísmo, embora sua abordagem radical não caracterize todas as escolas do pensamento hindu.
Hiṃsā (“dano” ou “violência”). Segundo o Yoga-Bhashya de Vyasa, há oitenta e um tipos de violência, dependendo de uma serie de fatores: a pessoa pode cometer a violência, levar outros a cometê-la ou aprová-la, sua causa pode ser a cobiça, raiva ou ilusão; o impulso pode ser brando, moderado ou veemente (e cada um desses graus tem três níveis de intensidade). O princípio geral é que a própria intenção de causar dano a outro ser é errada e prejudicial para quem a tem. Violência gera violência. Assim, o ideal do Yoga é a “não violência”, ou Ahiṃsā
Fonte: Enciclopédia de Yoga da Pensamento (Georg Feuerstein)